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Nunca fui muito receptivo quanto a elogios. Sempre achei que precisamos ser merecedores das coisas, sejam conquistas ou dádivas. Existem aqueles  que são generosos e não se refreiam de dar o peixe a quem precisa, e isto é bastante meritoso, pois vivemos numa época em que muitos estão mais voltados para os seus próprios prazeres e bem-estar, do que com a vida ou os sofrimentos alheios, pois a seu ver, o que acontece ou deixa de acontecer ao seu redor em nada parece lhes afetar. Não é preciso ser gênio para entender a plenitude deste erro.

Acredito que tudo tem um retorno. O que fazemos ou deixamos de fazer hoje, de alguma maneira vai se voltar contra ou em nosso favor algum dia. Quem tem mais condição, de certo modo tem uma responsabilidade social. Mas isto é algo que depende obviamente do ponto de vista de cada indivíduo.

Aprecio as pessoas que se entregam em prol de causas justas e nobres. Mas aprecio mais ainda aqueles que ao invés de apenas dar o peixe, dão também a vara de pescar. Porém, apenas dar a vara não é tudo, pois é necessário ensinar também a pescar. E é aí que precisa entrar um conjunto de ações mútuas e orquestradas em sociedade, a fim de justificar a frase a união faz a força, pois o trabalho em equipe é o que movimenta a sociedade.

Como disse no começo, nunca fui muito receptivo quanto a elogios, porque sempre achei que precisamos ser de fato merecedores das coisas. Não raro, elogios soam vazios e sem base justa em que se firmar. São ditos apenas por mera formalidade, mas sem nenhum apreço ou sinceridade genuínos.

Assim, quando alguém disse que minhas mãos são meio que mágicas, me senti lisonjeado e envaidecido, pois aquilo realmente soava verdadeiro e eu sabia que minhas mãos, em contato com o corpo dos clientes alcançava a paz que eles buscavam.

Mas quando disseram que minha massagem relaxante era a melhor, me senti como que menosprezando outros. Minha resposta foi que tudo é resultado de um conjunto de fatores, pois nem todos podem viajar pelo mundo, conhecendo técnicas e aperfeiçoando as próprias técnicas. Eu pude e posso fazer isto, mas outros são bons dentro de suas próprias condições limitadas e capacidades adquiridas dentro desses limites.

Sou sincero ao afirmar que não acredito na superioridade de um indivíduo sobre o outro. Superioridade técnica existe, mas é basicamente técnica. E a capacidade técnica é conquistada com estudo, esforço e dedicação. 

Eu seria hipócrita se não me considerasse muito bom no que faço, mas isto é resultado de muito trabalho e esforço, exatamente do que precisa qualquer outro para atingir o meu nível ou mesmo superá-lo. Sim, sou bom, mas sou bom porque me empenho para aprender sempre e procuro dar de mim sempre o melhor. E isto é o que deveria fazer cada um dentro do seu campo profissional, pois ao darmos o melhor de nós, não estamos fazendo nada mais que nossa obrigação. No meu caso, porém, devo salientar que esta obrigação tem sido ao longo dos anos um imensurável prazer. Lidar com o ser humano é lidar com algo delicado e belo, e que merece todo cuidado, zelo e respeito.

                         Zeffi Hiabe Maphia

                      13 de agosto de 2001


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